Mulheres corinthianas: essenciais na construção da história do Timão

Celebre este Dia Internacional da Mulher conhecendo as trajetórias destas personalidades alvinegras

08/03/2022 09h00 Agência Corinthians

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O Sport Club Corinthians Paulista tem a marca da inclusão de todas as classes e gêneros em sua história. Desde o início, mulheres têm seus nomes escritos na trajetória do clube do Parque São Jorge.

Em diversas áreas de atuação, elas contribuíram e continuam contribuindo diariamente para o crescimento do Corinthians. Neste 8 de março, vamos celebrar o Dia Internacional da Mulher dando o merecido destaque a algumas mulheres com papéis importantes na história do clube. Respeita As Minas!

Antônia Perrone


Foto: Arquivo Corinthians

Um dos primeiros corações femininos tomados pela paixão pelo Timão! Sua ligação com o clube foi logo na época da fundação: Raphael Perrone, seu marido, foi um dos que ajudaram na criação do Sport Club Corinthians Paulista e sempre contou com o apoio de Antônia. O casal, vale ressaltar, quebrava barreiras: no começo do século 20, era um tabu uma mulher negra e um italiano se relacionarem.

Registros históricos apontam que foi Antônia a primeira pessoa a bordar o “CP”, antigo escudo da equipe. Não seria exagero dizer que muito provavelmente ela tenha sido a primeira mulher torcedora do Corinthians.

A família Perrone cresceu e o amor pelo clube ao longo do tempo também: a filha mais velha do casal se chamava Amélia Perrone e foi conselheira do Corinthians.

Dona Elisa


Foto: Arquivo Corinthians

Dona Elisa foi torcedora-símbolo do Corinthians em um tempo em que nos estádios não era nada comum a presença de mulheres. Mas tudo valia pelo Timão! Não havia barreiras para apoiar de perto o time do coração.

Elisa Alves do Nascimento nasceu (percebam a coincidência) em 1910, na cidade paulista de Tietê. Mulher, negra, doméstica e cozinheira muito elogiada, chegou ao Parque São Jorge na companhia de seu amigo e fundador do clube, Antonio Pereira, e daqui nunca mais saiu.

Presença certa nas arquibancadas de todos os estádios onde o Coringão jogava, era incapaz de proferir uma palavra que não fosse de apoio ao time, mesmo durante o difícil período de jejum de títulos. Como dizia a própria: “Corinthiana por dentro e por fora!”.

Muito carismática, de uma simpatia ímpar, se tornou amiga querida de todos dirigentes, jogadores e torcedores corinthianos. Pelos rivais, respeitada. Ícone de corinthianismo, Elisa vive no coração de cada corinthiano e brilha no Parque São Jorge no monumento em forma de arquibancada, de onde segue inspirando todas as alvinegras.

Dona Tânia


Foto: José Manoel Idalgo/Agência Corinthians

Dona Tânia, como era conhecida por todos, fez o Corinthians presente durante toda a sua história de vida. Era filha do saudoso Francisco Piciocchi, o popular Tantã, nadador do clube nos anos 1930.

Seu mundo era o Parque São Jorge, que começou a frequentar ainda bebê. Na juventude, Tânia foi patinadora do Corinthians. 

Mais tarde, manteve sua trajetória próxima ao clube e fez parte do Departamento Cultural, atuando como recepcionista do Memorial Corinthians até o início de 2022. Faleceu em 10 de fevereiro deste ano e deixou, além de muita saudade, um enorme legado no Timão.

Antes de trabalhar no Memorial Corinthians, prestou seus serviços na lavanderia e na antiga sala de troféus do clube, tendo uma presença marcante por todos os lugares por onde passou.

Marlene Matheus


Foto: FolhaPress

Primeira presidente mulher da história do Sport Club Corinthians Paulista, em mandato de 1991 a 1993

Bailarina que se apresentava no clube do Parque São Jorge, Marlene conheceu Vicente Matheus, com quem logo se casou. Em 1971, quando Vicente exercia o cargo de vice-presidente, Marlene começou a trabalhar na parte social do clube e se tornou uma das figuras mais populares do alvinegro.

Marlene faleceu em 2020, e até o último momento sempre fez questão de deixar claro seu amor, respeito e carinho pelo Timão.

Rita Lee


Foto: Divulgação

A rainha do rock brasileiro é outra torcedora-símbolo do Timão, que nunca mediu esforços para declarar seu amor pelo Corinthians.

Um dos episódios mais marcantes que ligam Rita e o Corinthians ocorreu em novembro de 1982, semanas antes da conquista do Campeonato Paulista daquele ano. No Ginásio do Ibirapuera, em um grande show da cantora e compositora, Rita convidou Casagrande, Sócrates e Wladimir para subiram ao palco e foi presenteada com uma camisa do Timão – que vestiu na mesma hora!

Além disso, Rita Lee compôs uma música em homenagem ao clube do Parque São Jorge: “Amor em Preto e Branco”. O principal trecho pega fundo no coração de todo corinthiano e toda corinthiana: “sofro, mas continuo a te adorar, Corinthians, meu amor”

Grazi


Foto: Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

Grazielle Pinheiro Nascimento é um dos principais símbolos do futebol feminino do Sport Club Corinthians Paulista. Até o momento, são nada menos que 219 partidas com o manto alvinegro desde a sua chegada ao Timão, no ano de 2016.

Grazi chegou quando o clube ainda buscava um maior espaço no futebol feminino, em parceria com o Audax. De lá pra cá, teve participações importantes nos 11 títulos conquistados com a camisa do Coringão, sempre representando com muito amor nosso escudo.

Futebol Feminino


Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Campeãs de tudo e atualmente detentoras da Tríplice Coroa – com a conquista do Paulistão, do Brasileirão e da Libertadores da América em 2021 –, nossas Brabas são uma força sem igual no estado, no país e no continente.

Os primeiros passos da equipe feminina aconteceram na década de 90, mais precisamente em 1997, mas a dificuldade na busca de patrocínio e a pouca visibilidade na época fizeram com o que o projeto não se mantivesse por muito tempo.

Quase 20 anos depois, o sonho se tornou realidade: em 2016, em uma parceria com o Audax, o clube retomou essa caminhada. Ao longo da parceria, foram conquistados dois títulos muito importantes, a Copa do Brasil, ainda em 2016, e a primeira Libertadores da América feminina do Timão, em 2017.

A gestão própria veio em 2018, e de lá pra cá são taças e mais taças: três títulos do Brasileirão, mais duas Libertadores da América, três paulistas e o mais recente, a Supercopa Feminina do Brasil.

E não é apenas dentro das quatro linhas que nossas Brabas fazem história. Em 8 de dezembro de 2021, na final do Paulistão contra o São Paulo, o Corinthians registrou o recorde de maior público em uma partida de futebol feminino entre clubes brasileiros: 30.077 torcedores na Neo Química Arena.

Nossas torcedoras

Único clube do Brasil com uma maioria de mulheres na torcida, o Corinthians é também simbolizado pelas milhares de torcedoras que fazem da Neo Química Arena um segundo lar. A paixão, o apoio e a lealdade incondicionais das corinthianas sempre foi, e continua sendo, verdadeira fonte de inspiração e motivação.



 


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