Mãozinha sobre decidir playoffs em casa: “Temos que ter esse algo a mais”

Ala-pivô do Corinthians Basquete fala sobre as expectativas da sequência de jogos contra o Unifacisa

22/04/2023 10h00 Vinícius Alves

A- | A+


Mãozinha em atuação pelo Corinthians Basquete. Foto: Beto Miller/ Ag. Corinthians

A equipe de basquete do Corinthians segue na batalha na primeira fase dos playoffs, contra a equipe paraibana do Unifacisa. O primeiro dos jogos da série foi de derrota para o Timão, na última quarta-feira (19), num jogo de mando do adversário, pelo placar de 95 a 77. O próximo jogo do duelo ocorre neste sábado (22), no Ginásio Wlamir Marques (Parque São Jorge), e o Alvinegro precisa vencer para levar a decisão para uma terceira e decisiva partida.

O ala-pivô Mãozinha, um dos destaques da temporada do Timão, é uma das esperanças da equipe do Parque São Jorge para reverter o resultado e conseguir a classificação. Com apenas 22 anos, João Marcello Cardoso Pereira, filho do lendário ex-jogador brasileiro Marcelo Machado Pereira, o “Mãozão”, se espelha no pai e também em Kobe Bryant para se consolidar no esporte.

Em uma entrevista exclusiva para o Corinthians.com.br e também para o Universo SCCP, o jovem atleta falou sobre a temporada do Timão, sobre a torcida e também o que espera do futuro.


Foto: Fabrício Miguel/ Ag. Corinthians

Leia abaixo a entrevista.

- O Corinthians teve uma temporada regular bem difícil nesta edição do NBB, mas conseguiu a classificação para os playoffs. O que você espera da equipe nesta primeira decisão do torneio?

Mãozinha: A temporada regular foi realmente bem difícil, a qualidade do NBB cada vez tem subido mais, mas mesmo assim a gente conseguiu completar o primeiro objetivo, que era chegar nos playoffs, e agora a gente está batalhando para completar o nosso segundo (objetivo), que é vencer essa primeira fase da disputa. Eu acho que vocês podem esperar uma equipe bem motivada. Mesmo tendo perdido a primeira partida lá, a gente sabe que playoffs é melhor de três (partidas), então perder de 20, de 100, não faz a menor diferença, é um a zero para os caras. E agora a gente vai fazer essas duas partidas em casa e mostrar nossa energia, como que a gente joga, impor nosso ritmo de jogo e a expectativa está grande para a gente reverter esse resultado a nosso favor. Primeiramente trazer o empate, levar para o jogo três e vencer para nos classificarmos. Está todo mundo bem unido, apesar do primeiro jogo não ter sido como a gente queria, a gente sabe o que tem que mudar para consertar. A comissão técnica é muito boa e os jogadores também estão prontos e eu tenho certeza que a gente vai conseguir alcançar esse nosso objetivo, que é se classificar para a próxima fase dos playoffs.

- O primeiro jogo contra o Unifacisa foi uma derrota e a decisão será em casa agora. O apoio da Fiel no ginásio faz a diferença?

M: Com certeza, ter o apoio da torcida em casa, jogar em uma quadra que você conhece, faz, sim, muita diferença. Lógico que não é porque a gente jogou fora que perdemos, foi por conta de outros fatores, mas quando você está em casa, você não quer perder, temos que ter esse algo a mais de jogar dentro de casa. E com certeza a torcida é um fator que ajuda bastante a gente e atrapalha os caras, então vai ser muito bom jogar esses próximos jogos em casa.

- Mãozinha, quem são suas referências no basquete? Você se espelha nessa(s) pessoa(s) para aprimorar sua técnica?

M: As minhas referências no basquete... o Kobe (Bryant) foi um cara que eu sempre vi como "o profissional", ele foi um dos melhores, se não o melhor profissional do basquete que existiu. O quanto ele era competidor, o quanto ele gostava de treinar, o quanto ele mostrava que queria mais, é uma das coisas que eu tento trazer para a minha vida. Uma referência nacional, eu diria até que é o meu pai, uma pessoa que sempre vi se esforçando, que trabalhava, que levava a sério as coisas. Até hoje ele joga basquete, ele tem 50 anos e ele ainda joga basquete. Então esse amor ao jogo é graças ao Kobe e também ao meu pai. Lógico que eu tenho várias outras pessoas que vejo como inspiração, mas vejo esses dois como os principais, que influenciaram a minha vida. Onde eu estou agora, não seria sem esses dois ídolos.


Mãozinha e "Mãozão". Foto: Reprodução/ Instagram

- O que o torcedor corinthiano pode esperar do Mãozinha?

M: O torcedor pode esperar o que tem visto a temporada inteira, não estou falando simplesmente de desempenho, mas de atitude. Eu tento, assim como o time, ter uma atitude de entrega, de raça, de suor e sair da quadra sabendo que eu entreguei tudo o que podia no jogo. O que o torcedor pode esperar de mim nestes playoffs é isso, é essa entrega, é essa vontade de querer ganhar, de disputar e querer ganhar toda bola.

- Você ainda é um jovem atleta, promissor. Quais são os seus planos no futuro próximo? Disputar um mundial pela Seleção Brasileira, Jogos Olímpicos?

M: É muito engraçado falar sobre planos, porque na nossa carreira nada consegue ser muito planejado. É muito de temporada por temporada, é muito de um ano para o outro, várias coisas mudam, mas sonho mesmo que eu tenho é representar a Seleção Brasileira em uma Olimpíada. Ganhar uma medalha olímpica, esse é meu sonho, desde criança. Lógico que eu sou muito jovem ainda, né? Mas a minha vontade é estar na Seleção Brasileira. Eu tive o privilégio e a oportunidade de me apresentar na seleção sub-20 e sub-23, consegui representar meu país. E você ser escolhido, entre tantos atletas tão bons quanto, a representar a Seleção Brasileira é realmente diferente. Você vê que seu trabalho realmente foi recompensado, o seu esforço, os treinos a mais, os finais de semana sem folga para representar a seleção, valeram a pena. Agora o meu sonho é chegar à seleção adulta para realizar o sonho de jogar uma Olimpíada, e esperamos que isso aconteça num futuro próximo.


Foto: Beto Miller/ Ag. Corinthians

 


Tags: Notícias, basquete

Categoria(s): Basquete