Fã de Alessandro, capitão do Timão sub-17 é líder dentro e fora de campo

22/11/2013 16h50

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O Corinthians decidirá o Campeonato Paulista Sub-17 neste sábado (23), em clássico contra o Santos, na Fazendinha. Após vencer o rival por 2 a 1 no jogo de ida, o Timão pode até perder por um gol de diferença para conquistar o título. Dentro de campo, um garoto nascido em 1996 veste a faixa de capitão e a camisa 8. Fã do lateral Alessandro, um dos jogadores mais vitoriosos da história do Timão, o volante Marcio Ferrari é líder da equipe e um dos grandes símbolos da campanha alvinegra.

Será a primeira final de Paulistão que o jovem disputará na carreira. Nas 27 partidas que disputou até aqui pela competição, perdeu apenas uma. Venceu 21 e empatou outras cinco. Há nove anos no Corinthians, Marcio acredita que o título representaria um importante passo no grande objetivo da carreira dele: chegar aos profissionais. Ciente das dificuldades, o volante assegura que está pronto para levantar a taça dentro do Parque São Jorge, casa que o acolheu em 2004, ainda jogando futsal.

"Quando o Corinthians me chamou para jogar futsal, meus pais não tinham condição de me trazer. Eu jogava em um clube de São Caetano do Sul, na categoria sub-9. Eles sempre se empenharam, mas eu tenho dois irmãos, e tinha de pegar trem, ônibus e metrô para vir treinar. Às vezes eu nem conseguia comer, pegava carona e ia direto para o treino" – contou, em entrevista ao GloboEsporte.com.

Hoje, Marcio mora no alojamento do Corinthians. Instalado no clube desde o ano passado, o jogador divide o tempo entre o colégio e os treinos, e mata as saudades da família através de mensagens pelo celular. O pai, que também se chama Marcio, e a mãe, Shirley, o incentivaram desde criança a seguir o próprio sonho, bem como o irmão Vinícius, de 16 anos, que ainda está no ensino médio, e a irmã Larissa, de 21, que cursa uma faculdade de administração de empresas.

Abandonar a carreira e se dedicar exclusivamente aos estudos passou pela cabeça de Marcio em diversas oportunidades. O apoio da família e dos amigos foi fundamental para que ele persistisse e se mantivesse firme no objetivo. Por isso, a primeira conquista fora de campo como jogador de futebol foi dedicada aos pais: em parceria com um empresário, o volante conseguiu montar uma loja de R$ 1,99, em São Bernardo do Campo, hoje administrada pela mãe.

"Eles sempre me ajudaram e me deram suporte. Aos poucos, vou ajudá-los. Minha família é muito unida, me dá conselhos o tempo todo. Não posso parar. Vou seguir adiante em busca do meu sonho".

O discurso e a personalidade mais se assemelham a um adulto do que a um garoto de 17 anos. Para os jogadores da categoria onde se encontra atualmente, Marcio virou também um conselheiro. Orgulhoso pelo instinto de liderança, ele se espelha em Alessandro, capitão do Corinthians nas conquistas da Libertadores e do bi Mundial, para ostentar a faixa e orientar a equipe dentro de campo.

"Eu me espelho no Alessandro porque acho que posso ser um líder. Sempre gostei de acompanhá-lo como capitão da equipe profissional. E gosto de dar conselhos e incentivar meus companheiros. Trabalho para ser objetivo", explicou.

Se a taça de fato vier na partida deste sábado, marcada para 10h30m (horário de Brasília), Marcio já sabe do que se lembrará ao erguê-la. E tem convicção de que está pronto para o tão aguardado momento.

"Todas as dificuldades vão passar pela minha cabeça. Vou me lembrar de como foi difícil chegar ao Corinthians e me estabilizar. A hora de ganhar um título chegou".

Fonte: GloboEsporte.com

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Categoria(s): Departamento Cultural