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Em entrevista ao podcast GE Corinthians, Wesley Melo, diretor financeiro do Corinthians, teve a oportunidade de explicar em mais detalhes algumas das grandes conquistas dos anos recentes da gestão do clube. Numa conversa de quase uma hora, o executivo falou sobre profissionalização dos departamentos, o crescimento de receitas, o pagamento e a estabilização da dívida e projetos inovadores já implantados e em elaboração pelo Corinthians.
Wesley Melo, diretor financeiro do Sport Club Corinthians Paulista (Agência Corinthians)
“Projetamos R$ 20 milhões de superávit para este ano e uma receita de cerca de R$ 950 milhões. Faltam 45 dias para acabar o ano, quem sabe batemos R$ 1 bilhão e aumentamos um pouco mais o superávit, mas esse é o orçamento que a gente se comprometeu e que esperamos entregar”, afirmou Melo.
O executivo ressaltou ainda o forte impacto que os juros crescentes tiveram sobre a dívida corinthiana – a taxa Selic era 2% há três anos, fechou 2021 em 9% e chegou a 13,75% no ano passado. A inflação acumulada do período superou os 18%, mas ainda assim o clube conseguiu pagar mais de R$ 268 milhões de seu endividamento, que hoje está menor que a receita, algo que Melo aponta como uma das principais conquistas e que deveria ser reforçada nas futuras gestões. “Que deem continuidade a essa disciplina orçamentária, a essa estabilização da dívida, a começar a abaixar a dívida, a aumentar receita e diminuir custos”, disse.
Wesley Melo também deu alguns detalhes sobre o funcionamento do projeto de capitalização da Neo Química Arena por meio de um Fundo Imobiliário. “Tenho a dívida do clube e tenho o financiamento com a Caixa. Se eu consigo esse recurso todo e abato ou liquido toda essa minha dívida com a Caixa e passo a dever só para um investidor eu vou pagar para ele o rendimento da aplicação, mas paro de gastar com despesa de juros”, explicou. “É um ganho importante num momento de juros alto que a gente vive.”
Segundo Melo, há diversos objetivos no contexto que tornam a operação vantajosa para todas as partes. O investidor recebe seus dividendos, já que a arena é uma estrutura multifuncional cuja operação gera muita receita. O clube paga a dívida, se não toda, pelo menos parte dela. E ainda capta mais dinheiro, que pode ser direcionado tanto em melhorias na própria arena, como para o próprio clube e seus diversos departamentos, incluindo o futebol. O projeto prevê a oferta de 49% da Neo Química Arena, mantendo o Corinthians como acionário majoritário. “É burocrático, depende de negociação, de regulamentação, mas é totalmente possível. Estamos conversando seriamente sobre isso há meses, não é de agora. E talvez leve mais alguns meses, mas é factível, é viável”, complementou o diretor financeiro ao GE.
Escute aqui o podcast GE Corinthians com Wesley Melo.
Tags: Financeiro, Notícias
Categoria(s): Financeiro