Banzai, Corinthians! Um ano do Bi Mundial - O peso do mundo sobre o Timão na semifinal

12/12/2013 10h16

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Quando um time se torna campeão da Libertadores, acaba sendo natural e incontrolável as projeções de uma final do Mundial de Clubes da FIFA contra o vencedor da UEFA Champions League. Não foi diferente com o Corinthians. Assim que a vitória sobre 2 a 0 sobre o Boca Juniors na decisão do torneio sul-americano do ano passado foi consolidada, muitos começaram a pensar no Chelsea, que foi o campeão europeu de 2012. Só que para isso, tanto o Timão como o time inglês precisariam antes passar pelas semifinais. Para a equipe do Parque São Jorge, o rival seria o Al Ahly, do Egito. Um jogo em que todo o peso do mundo estaria sobre as costas do Alvinegro.

A semifinal do Mundial de Clubes da FIFA era vista como um confronto muito perigoso. A responsabilidade era toda do Corinthians, como favorito à vaga na final. Por isso, qualquer erro poderia ser fatal e significar uma enorme frustração. “Eu sofri muito. Na verdade, esse era o jogo mais duro porque imagina ir para o Japão e não chegar em uma final. É uma partida que tem um componente de nervosismo, de ansiedade dos atletas”, disse Edu Gaspar, gerente de futebol profissional do Corinthians.

“A pressão psicológica, a responsabilidade e o peso do primeiro jogo são cruéis. É o cão. É horrível. Você fica com uma expectativa excessivamente alta, é o jogo de uma equipe só. Tem de preparar os atletas emocionalmente para suportar essa carga. E não estamos falando de jogos de ida e volta. Era um jogo só”, acrescentou o técnico Tite. “Todo mundo falava da final contra o Chelsea, mas não falava do primeiro jogo que também era importante”, complementou o atacante Guerrero.

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Após a etapa final, parecia que o time do Corinthians passaria por essa pressão sem muitos sustos. “Quando acabou o primeiro tempo, fiquei contente para caramba, a equipe jogou bem, ganhando por 1 a 0, fluindo, 60% de posse de bola, eles não chutaram uma bola em gol”, relembrou Tite. Mas o peso do mundo sobre as costas do Timão dificultou a caminhada alvinegra na volta do intervalo.

“A partir dos dez minutos do segundo tempo, a equipe não acertava passes, não saía, não agredia. Ficamos cerca de 30 minutos com o peso sobre nossas costas”, declarou o treinador. Foram momentos de muita tensão, com o Al Ahly atacando e pressionando pelo gol de empate. Que felizmente não aconteceu.

Para Edu, apesar do tamanho da responsabilidade daquele jogo, havia a segurança de que os atletas estavam preparados para suportar aquela pressão. “Em termos mentais, os atletas tiveram uma atuação excepcional, muito concentrados. Você olhava no vestiário o semblante dos atletas, eles te passavam uma confiança de que ia dar certo”, contou.

Deu certo. Mas, como de costume, com o sofrimento característico de todas as conquistas do Corinthians.

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Categoria(s): Skate