Vice-presidente, Edna Murad Hadlik fala sobre celebração do mês da mulher

02/03/2019 14h55 Agência Corinthians

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No mês da março, o Sport Club Corinthians Paulista fará ações que levam a debates, homenagens e reflexões sobre o papel da mulher na sociedade moderna. A campanha #RespeitaAsMinas ganha ainda mais corpo, reforça a luta pela igualdade e respeito e tem, como porta-voz, a vice-presidente do clube, Edna Murad Hadlik. 

Confira a entrevista exclusiva que o Corinthians.com.br fez com a vice-presidente sobre a celebração do mês da mulher:

Como surgiu a ideia da campanha #RespeitaAsMinas e também as ações do mês de março?
EMH: A ideia surgiu da necessidade de levantar essa bandeira pelas demandas da sociedade. No Corinthians, temos um número significativo de torcedoras que frequentam a Arena (por volta de 48%), trouxemos de volta para o clube o futebol feminino, eu fui eleita na chapa do Andrés como vice-presidente. Então a campanha surgiu da necessidade de dar voz a todas as mulheres, na busca por direitos e respeito.

Como o Corinthians contribui na cultura da sociedade moderna com uma campanha como esta?
EMH: O Corinthians contribui muito, pois é o clube de maior visibilidade nas mídias e redes sociais, sem falar no público presente nos jogos na Arena ou fora da nossa casa. Nada melhor que utilizar esse espaço todo, anteriormente considerado masculino, para as ações da campanha #RespeitaAsMinas, dando visibilidade e voz às mulheres, provocando reflexões e modificando comportamentos. Sem dúvida vai transformar a sociedade.

Qual a importância de levantar esta bandeira numa época em que a discussão sobre o papel da mulher na sociedade está tão em destaque?
EMH: É de suma importância. Infelizmente a violência contra as mulheres apresenta números alarmantes. Sem falar na falta de respeito, na desigualdade no mercado de trabalho, no assédio sexual. Então temos o dever de lutar até que ocorra a transformação da sociedade para que esta seja mais justa, com respeito, igualdade e liberdade para todas as mulheres.

Como a senhora vê o espaço da mulher, hoje, especificamente no ambiente do futebol?
EMH: As mulheres ainda ocupam poucos cargos de comando no ambiente do futebol. Não temos nenhuma mulher presidente de clube, são poucas as treinadoras. Enfim, a mídia tem dado espaço para mulheres muito competentes, que fazem jornalismo esportivo, análises, comentários e provocam reflexões. Mas ainda é pouco em relação a quantidade de homens na mesma função.

A senhora acredita que já há uma evolução, no sentido dos homens aceitarem mais esta participação num meio tão marcado pelo machismo?
EMH: A evolução está acontecendo, mas ainda a passos lentos. A competência das mulheres está fazendo os homens aceitarem a sua participação, daí a importância de se manter as campanhas, dando voz e visibilidade ao protagonismo feminino. A competência, dedicação e o profissionalismo das mulheres, aliados às campanhas, irão modificar as velhas opiniões de que "mulher não entende de futebol."

As ações seguem depois de março?
EMH: O mês de março é o mês das mulheres com diversas ações na Arena. Os reflexos da campanha, bem como as práticas na recepção, acolhimento, respeito, visibilidade e voz perduram. Não se trata apenas de uma campanha midiática, é uma reflexão muito mais profunda e busca uma transformação da sociedade.


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