Renato Augusto: “Antes eu corria o jogo, hoje eu jogo o jogo”

Atual camisa 8 do Timão, que já conquistou três títulos pelo clube, comemora mais um aniversário como atleta do Corinthians

08/02/2023 11h00 Bruno Bastida

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Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

“Hoje eu desfruto mais do jogo. Eu curto mais o jogo. Você começa a entender onde tem os espaços, o porquê isso está acontecendo, o porquê o time começa a evoluir no jogo, ou porque começa a cair. Eu acho que quando você começa a entender isso, você desfruta mais. Em alguns momentos, eu tento fazer coisas para o time evoluir, às vezes nem sou eu que vou tocar na bola, mas eu tento fazer algumas coisas dentro de campo. Antes eu corria o jogo, hoje eu jogo o jogo.”

Este é Renato Augusto, jogador que une como poucos técnica e habilidade, e que completa 35 anos nesta quarta-feira (8/2). Está em um momento da carreira em que empilha conquistas, guarda na memória uma Copa do Mundo (a de 2018, na Rússia) e coleciona boas histórias. Mas, para Renato, é, também, um momento em que encontra novas formas de atuar dentro de campo.

O meia, que atuou com o manto alvinegro em três temporadas em sua primeira passagem, de 2013 até 2015, e voltou ao Alvinegro em 2021, disse com exclusividade ao Corinthians.com.br e Universo SCCP como se enxerga no futebol atualmente e como viu a necessidade de uma mudança dentro das quatro linhas.

Leia a entrevista a seguir com o craque que soma 203 jogos pelo Coringão e 24 gols marcados. E parabéns pelo aniversário, Renato!


Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Nestes 35 anos de vida, já são mais de 200 jogos pelo Corinthians, clube pelo qual você mais atuou na carreira. O que o Timão representa para você?

 É um clube que foi importante na minha carreira, está sendo importante. O que me deixa feliz, além de todo carinho que eu recebo do torcedor na rua, é poder retribuir tudo que eles fizeram por mim dentro de campo.

O início de sua primeira passagem pelo Corinthians foi também um dos momentos mais críticos de sua carreira, com lesões que atrapalharam seu desempenho. Qual é o sentimento hoje de olhar para trás e ver que foi possível dar a volta por cima, conquistar a Fiel e poder continuar sua trajetória por aqui em busca de novos títulos?

Eu vim para cá em um momento delicado, eu estava sentindo dores. Eu conseguia jogar, mas não estava me sentindo à vontade, e foi aqui que eu me reencontrei, onde eu atingi o meu ápice. Agradeço ao clube, que até nos momentos mais difíceis, esteve do meu lado, que comprou a ideia. Depois eu pude retribuir dentro de campo. Isso foi especial para mim.

Aos 35 anos, você mantém um nível alto tecnicamente. Acredita que hoje possa ser o melhor momento de sua carreira levando a consideração a questão física e experiência adquirida?

Hoje eu desfruto mais do jogo. Eu curto mais o jogo. Você começa a entender onde tem os espaços, o porquê isso está acontecendo, o porquê o time começa a evoluir no jogo, ou porque começa a cair. Eu acho que quando você começa a entender isso, você desfruta mais. Em alguns momentos, eu tento fazer coisas para o time evoluir, às vezes nem sou eu que vou tocar na bola, mas eu tento fazer algumas coisas dentro de campo. Antes eu corria o jogo, hoje eu jogo o jogo.

Quais partidas pelo Coringão são as mais memoráveis para você? 

As partidas da Recopa, para mim, foram memoráveis por ter sido um clássico, final sul-americana, fiz um gol bonito, realmente foi marcante. A minha volta para o clube também foi marcante. Além disso, mesmo com a derrota para o Flamengo na final da Copa do Brasil no ano passado, a segunda partida no Maracanã foi muito marcante para mim, principalmente depois do jogo em que, mesmo com a derrota, a torcida começou a cantar ‘eu nunca vou te abandonar, porque te amo’. Além disso, ainda encaixo o jogo contra o Vasco, em 2015, que garantiu o título Brasileiro. 


Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Por fim, Renato, o que você tem a dizer para a Fiel e sobre todas as mensagens que já tem recebido sobre seu aniversário? 

Fiel, gostaria de agradecer a todos por todas as mensagens, por todo o carinho que eu tenho recebido, não só no meu aniversário mas em todos esses anos, até quando eu fui embora para a China, o carinho que eu recebi tanto pessoalmente como por mensagens. Então só tenho a agradecer e espero que a gente ainda possa comemorar alguns aniversários juntos. 


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Categoria(s): Futebol