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Em novembro de 1990, o Campeonato Brasileiro já estava se encaminhando para as rodadas finais da sua segunda fase. E o Corinthians teve uma trajetória bastante desnivelada até ali.
Para lembrar o regulamento: o torneio tinha 20 times, divididos em dois grupos. Na primeira fase, as equipes enfrentavam as do grupo oposto, e na segunda fase os da própria chave. Os dois primeiros colocados dos grupos em cada fase se classificavam automaticamente, e mais quatro equipes entravam pelo índice técnico (melhores classificados na soma das duas fases), completando oito classificados para os mata-matas.
O Timão, por sua vez, havia começado mal o torneio, com um ponto em três jogos, mas renasceu após um clássico contra o Palmeiras, vencido por 2 a 1 no Pacaembu. Depois, foram sete jogos sem perder, com apenas um empate entre eles – em outro clássico, contra o São Paulo fora de casa, que terminou em 2 a 2.
Com este desempenho, o Coringão terminava a primeira fase com 14 pontos, na segunda colocação. A partir dali a equipe começou a ter dificuldades ofensivas, e nos cinco jogos seguintes, teve quatro empates e uma derrota. O fim do jejum sem gols e vitórias veio mais uma vez em um clássico, contra o Santos, quando o recém promovido Dinei foi titular e fez o gol da vitória por 1 a 0, novamente na Saudosa Maloca.
Depois do clássico contra o rival da Baixada, o Timão foi superado fora de casa pelo Goiás, e precisava da vitória de qualquer jeito na partida seguinte para manter suas chances de classificação para a fase seguinte do Brasileirão, os mata-matas. Assim, jogaria mais uma vez fora de casa, agora enfrentando o Atlético-MG no dia 14 de novembro de 1990.
Nelsinho Baptista tinha um retrospecto particular bom – havia estreado no cargo apenas contra o Palmeiras –, mas a equipe vinha em dificuldade. Assim, decidiu escalar um onze titular com: Ronaldo; Giba, Marcelo Djian, Guinei e Jacenir; Márcio Bittencourt, Tupãzinho e Neto; Fabinho, Dinei e Mauro.
A equipe corinthiana sabia do que era preciso e foi para cima. Tanto que o primeiro gol saiu logo aos quatro minutos. Dinei fez boa jogada pela esquerda e lançou Giba na direita, o lateral veio na corrida e chutou sem dominar, estufando a rede e abrindo o marcador no estádio Magalhães Pinto, o Mineirão.
Com vantagem no placar, o Alvinegro seguiu atacando e conseguiria o segundo gol aos 21 minutos. Fabinho fez boa jogada partindo da direita para o centro, e sofreu falta a um passo da linha da grande área. Na cobrança, Neto deu mais um de seus chutes perfeitos, este no ângulo esquerdo do gol adversário.
O Atlético-MG ainda conseguiu diminuir o marcador aos 47 do primeiro tempo, o que fez com que na segunda etapa o jogo fosse mais disputado. Apesar disso, o Timão se segurou bravamente até os minutos finais, quando inclusive fez o terceiro e definiu o placar. Aos 44, Fabinho aproveitou a linha de impedimento que não deu certo na zaga rival e lançou Mauro em profundidade. O ponta-esquerda recebeu livre entrando na área, driblou o goleiro e empurrou para o gol, decretando o 3 a 1.
O Timão vencia mais uma e respirava no campeonato. Chegava a oito pontos no seu grupo, contra sete do adversário. E teria mais uma rodada pela frente, contra o Internacional, a última da segunda fase.
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