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O Campeonato Brasileiro da Série A de 1990 chegava, enfim, à sua fase mata-mata. E o Coringão sofreu, teve um desempenho recheado de altos e baixos, mas de resultados confiáveis obtidos nos momentos mais difíceis, e conseguiu a sua vaga após disputar as duas fases iniciais do torneio.
Na temporada, o Alvinegro já havia ficado a um passo de conseguir uma vaga na final do Campeonato Paulista. Imediatamente em seguida, três dias depois iniciou mal a disputa do torneio nacional, tendo duas derrotas que provocaram a queda do técnico Zé Maria. A primeira vitória foi no Derby, apenas na quarta rodada, já com Nelsinho Baptista no banco, e foi determinante para uma subida de produção do time: foram seis vitórias e dois empates, um deles obtido em outro clássico, entre contra o São Paulo.
Depois de viver seu melhor momento no ano, mais uma nova sequência difícil. Quatro empates e uma derrota, que só o clássico contra o Santos ajudou: vitória por 1 a 0. Depois uma derrota e uma nova vitória, esta sobre o Atlético-MG fora de casa, que ajudou o Timão a conseguir a vaga na fase seguinte, os playoffs ao fim da rodada seguinte.
Classificado, o Corinthians enfrentaria novamente o Atlético-MG abrindo as quartas de final do Brasileirão em duas partidas. A primeira delas, ao contrário da anterior, seria em casa, no Pacaembu. Para ela, Nelsinho Baptista manteve ao máximo possível a equipe que vinha atuando, com uma mudança na zaga e outra na lateral esquerda.
Ronaldo; Giba, Marcelo Djian, Wilson Mano e Gerson; Márcio Bittencourt, Tupãzinho e Neto; Fabinho, Dinei e Mauro entraram em campo como titulares no dia 24 de novembro. Mas o Timão, vindo de derrota, começou mal a partida e sofreu um gol logo aos 15 minutos em um lance de azar de Mauro, que se enrolou com a bola e permitiu cruzamento na área completado por uma cabeçada do atacante rival Gerson.
O Alvinegro tentou se reerguer pelos pés do seu maior craque, Neto. Ele respondeu ao gol sofrido logo no lance seguinte, cobrando uma falta de muito longe e chutando no pé da trave esquerda. E na sobra, o lateral Gerson cruzou para Fabinho, que cabeceou sobre o gol. Fabinho teve mais uma chance minutos depois em lançamento de Neto que finalizou sobre o goleiro. E o camisa 10 cobrou nova falta, ainda mais longe, que o arqueiro rival espalmou.
Mauro e Dinei ainda desperdiçariam mais duas chances, mas a pressão no primeiro tempo ainda não havia dado resultado. Assim, coube ser mais eficiente na segunda etapa. Menos movimentada que a primeira, ela teve poucas ocasiões de gol do time da casa, que ainda contou com a sorte em ataques do Atlético-MG.
Isso, no entanto, foi bom para o Coringão, que ao ter a sua primeira oportunidade clara de gol, não desperdiçou. Com Paulo Sergio em campo no lugar de Gerson, o atacante recebeu na direita e cruzou na área. Neto foi no segundo andar e, de cabeça, empatou o jogo aos 30 minutos.
Pouco tempo depois, Neto ainda teria mais uma chance de cabeça em cruzamento de Giba de muito longe, que passou muito perto do pé da trave esquerda do gol. Mas a virada alvinegra viria dez minutos depois, novamente pelo capitão alvinegro. Aos 40, Paulo Sérgio fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro. Tupãzinho furou e o craque pegou a sobra chutando rasteiro, estufando a rede.
Neto, que iria ser substituído por Nelsinho Baptista antes dos 30 minutos, ficou em campo e marcou dois gols. Assim, garantiu o resultado alvinegro. E ainda teve tempo de dar lugar a Ezequiel, aos 44 minutos. Este, ajudou os corinthianos a manterem o resultado de 2 a 1 e a vantagem nas quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1990.
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