Ídolo na década de 50, Cabeção completaria 90 anos neste domingo (23)

Goleiro dividia o protagonismo com Gylmar dos Santos Neves e ficou no Timão por 13 anos

23/08/2020 09h00 Agência Corinthians

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Foto: Arquivo Corinthians


Neste domingo (23), um dos ídolos do Timão nos anos 1950/60 faria aniversário. Luiz Morais, o Cabeção, comemoraria 90 anos de idade. Ele nasceu no dia 9 de agosto, mas fora registrado apenas 14 dias depois, no dia 23. Tem como grande marca na carreira ter sido o primeiro goleiro do Brasil a utilizar luvas. Foi, também, o primeiro da posição na história a trocar a camisa preta pela cinza.

Natural de São Paulo, o goleiro chegou no Timão aos oito anos de idade, e aos 12 já atuava no time infantil. Em 1949, foi promovido ao time principal junto com Roberto Belangero, Luizinho e Idário. O goleiro foi o único a fazer frente a outro ídolo alvinegro: Gylmar dos Santos Neves. Durante a década de 50, os dois batalharam entre si pela titularidade no gol do Timão. 

A “rivalidade” entre Cabeção e Gylmar, no entanto, era mais para proximidade, e vai até a data de nascimento: o goleiro com quem disputava posição nasceu no dia 22 de agosto de 1930, ou seja, um dia antes da data de seu registro. Os dois duelaram por uma vaga na meta alvinegra, e em vantagem, Gylmar “provocou” uma saída de Cabeção: ele queria mais oportunidades e deixou o time, passando por algumas equipes como Portuguesa, Portuguesa Santista, Bragantino e Bangu.

Cabeção chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira em 1953. Tanto por seu próprio mérito como em um momento de lesão de Gylmar, ele integrou o grupo que disputou a Copa do Mundo de 1954. E quatro anos depois, retornaria ao Timão, para ficar até 1966. Ele vestiu a camisa do Corinthians em 326 partidas e conquistou os títulos do Paulistão (1951 e 1954) e Torneio Rio - São Paulo (1953/54). 

Quarto goleiro com mais jogos na história do Corinthians, Cabeção também foi técnico do Timão por um jogo. No Campeonato Paulista de 1976, foi interino após a saída de Filpo Nunes, e no banco de reservas, venceu o clássico contra o São Paulo por 1 a 0. Depois, entregou o cargo para Duque.

Luiz Moraes, o Cabeção, nos deixou em 6 de janeiro de 2020, aos 89 anos, tendo sido sepultado no cemitério da Quarta Parada, na capital paulista.



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