Há três anos, Corinthians conquistava sua primeira Copa Libertadores Feminina

No Paraguai, Timão superou todas as dificuldades e levou o título continental com uma campanha invicta

21/10/2020 09h00 Agência Corinthians

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O dia 21 de outubro ficará sempre marcado na história do futebol feminino do Corinthians. Nesta data, na temporada de 2017, o Timão conquistou pela primeira vez a Copa Libertadores Feminina, de forma invicta.

A época em parceria com o Grêmio Osasco Audax, o Corinthians partiu para o Paraguai, sede do torneio daquele ano, amargando um vice-campeonato brasileiro e uma queda inesperada na semifinal do Campeonato Paulista para o Rio Preto, que viria a sagrar-se campeão da competição semanas depois.

Apesar do favoritismo, dado o elenco que possuía, o Corinthians teve como primeiro obstáculo em terras paraguaias uma intoxicação alimentar generalizada entre as equipes. O problema postergou a estreia do Timão em dois dias.

Quando entrou em campo, as comandadas por Arthur Elias mostraram o motivo que todos as apontavam como favoritas. Diante das donas da casa do, até então, Sportivo Limpeño (atual Libertad/Limpeño), o Timão dominou a partida e venceu por 2 a 0. Depois, não tomou nota das bolivianas do Deportivo Ita, aplicando uma goleada de 6 a 1. No jogo mais esperado da chave, que definia a classificação, vitória por 2 a 1 sob o Independiente Santa Fé (COL) e vaga na semifinal garantida.

Na fase eliminatória, vitória por 3 a 0 diante das locais do Cerro Porteño e, com moral, o Timão chegava a sua primeira final continental logo em seu debute na competição. O que já parecia uma história fantástica, virou um roteiro dos mais alvinegros.

Chegada a grande decisão, o último adversário alvinegro seriam as chilenas do Colo-Colo. Com a bola rolando, pressão total corinthiana e diante de uma arbitragem em dia pouco inspirado, o Corinthians se viu sem balançar as redes, com ao menos dois pênaltis claros não marcados e com uma jogadora a menos, expulsa após simulação de agressão da goleira adversária.

Nos pênaltis, o popular canto de: “corinthiano, maloqueiro e sofredor” mostrou o quanto era real. No Brasil pela TV e no Paraguai, diante de cerca de 100 corinthianos, o Timão começou a série de pênaltis com uma cobrança para fora de Cacau. Depois, Daiane e Kerolin marcaram para as brasileiras, enquanto Villamayor, Karen e Quezada garantiram os gols chilenos.

Então, começou a brilhar a estrela da goleira Lelê. Na quarta cobrança chilena, a camisa 12 defendeu a cobrança de Claudia Soto, principal jogadora do Colo-Colo. Pardal deixou tudo igual para o Corinthians e, depois, Guerrero, para as adversárias, e Byanca Brasil, para o Timão, levaram a decisão para as alternadas.

Nos tiros eliminatórios, Yasmim acabou perdendo para o Corinthians, elevando o batimento cardíaco da Fiel ao máximo. Bastava ali um gol para o time chileno bater as brasileiras, que então teriam decretado uma temporada sem títulos. Porém, a estrela de Lelê brilhou outra vez. Na cobrança de Camila Saez, nova defesa da goleira corinthiana.

Na cobrança seguinte, Ana Vitória colocou a bola no ângulo e jogou a pressão toda para as adversárias. Pela primeira vez o Timão estava na frente do placar. E assim ele ficou eternizado. Soto, responsável pelo sétimo pênalti chileno, jogou nas placas de publicidade atrás do canto direito do gol defendido por Lelê, fazendo a Fiel explodir em alegria.

AFP

Toda a trajetória do Corinthians naquela edição da Copa Libertadores Feminina tornou-se um documentário, de nome “loucas por ti, América”. Ele está disponível no Facebook oficial da modalidade e pode ser assistido gratuitamente.

Aquele resultado, conquistado de forma corinthiana no dia 21 de outubro, consolidou o Corinthians como um dos principais times da modalidade e, dois anos depois, o Timão, dessa vez com seu time de administração própria, foi até o Equador buscar o bicampeonato. Atuais campeãs da América, as alvinegras viajam entre janeiro de fevereiro de 2021 para buscar o tricampeonato continental, que nesta edição terá como sede o Chile.

 


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